quinta-feira, 16 de abril de 2015

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Fontes de Informação

Fontes de Informação

São os meios utilizados para equacionar problemas informacionais estabelecidos pelo esforço de converter as necessidades em resultados práticos através das diversas formas de conhecimento.

Fontes Primárias 
Novas Informações ou novas interpretações de idéias. Registros de Observações; Descrição.

“[...] são fatos vindos diretamente da fontes e não adulterados [...]. É uma informação que não pode ser mudada, alterada ou disfarçada por opiniões ou seleções” (BRASILIANO, 2005, p. 6

Exemplos: 

Congressos e Conferências 
Legislação 
Nomes e Marcas Comercias
Normas Técnicas
Patentes
Periódicos
Projetos e Pesquisas em andamento
Relatório Técnicos
Teses e Dissertações
Traduções

Fontes Secundárias

“Contêm, informações sobre documentos primários e são arranjados segundo um plano definitivo; são, na verdade, os organizadores dos documentos primários e guiam o leitor para eles” (CUNHA, 2001, p. 4)

Exemplos:

Base de dados e Banco de Dados
Bibliografias e índices
Biografia 
Catálogos de Bibliotecas
Centros de Pesquisas e Laboratórios
Dicionários e Enciclopédias
Dicionários Bilíngües e Multilíngües 
Feiras e Exposições
Filmes e Vídeos
Fontes Históricas 
Livros
Manuais



Fontes Terciárias

Têm como função principal ajudar o leitor na pesquisa de fontes primárias e secundárias, sendo que, na maioria, não trazem nenhum conhecimento ou assunto como um todo, isto é, são sinalizadores de localização ou indicadores sobre os documentos primários ou secundários, além de informação factual [...] (CUNHA, 2001, p. ix).

Exemplos:

Bibliografia de bibliografia
Bibliografia e Centros de Informação
Diretórios
Financiamento e Fomento à pesquisa
Guias Bibliográficos
Revisões de Literatura


Foco sempre!

Fontes: 

BELLUZO, Célia Regina Baptista. Novas Condutas de Gestão em serviços de Informação. São Paulo: USP/SIBi, 2003.Disponível em: 
. Acesso em: 10 de outubro de 2006.

CUNHA, Murilo Bastos da. Para saber mais: fontes de informação em ciência e tecnologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2001.

LE COADIC, Yves. A ciência da Informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1996.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Aplicação dos FRBR

"O processo de catalogação, geralmente, não considera a representação conceitual dos elementos que comporão os metadados do catálogo, ficando a critério de um profissional da Computação fazer o mapeamento dos elementos definidos pelo catalogador numa estrutura conceitual de entidade, de atributos e de relacionamentos entre os itens bibliográficos, sendo ele, consequentemente, responsável pela construção do modelo conceitual, o que não deveria ocorrer porque é a partir do modelo conceitual que se descreve quais são os dados que devem realmente ser armazenados no banco de dados e quais são os relacionamentos existentes entre esses dados, fornecendo uma visão mais próxima do modo como os usuários realmente visualizam os dados e definem especificações necessárias às qualidades das informações do ambiente criado.” 
Trecho extraído da obra: Aplicação dos FRBR na modelagem dos catálogos, Elvis Fusco, 2011. p. 10.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O que é FRBR? Por: Fabrício Assumpção




A sigla FRBR tem sido utilizada frequentemente nos textos sobre catalogação. Mas, o que é FRBR? Tentarei responder essa pergunta em 10 passos.
O  Functional Requirements for Bibliographic Records (FRBR) (Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos) é um modelo conceitual resultante do estudo realizado por um grupo de estudo da IFLA entre os anos de 1992 e 1997. O FRBR foi publicado em 1998.
O FRBR é um modelo conceitual: não é um código de catalogação, não é um formato, não é uma norma, não é um padrão, não é um código, não é um princípio de catalogação. Assim, não é adequado dizer coisas como “vou catalogar usando o FRBR”. Como modelo conceitual, o FRBR resulta da abstração de uma realidade, no caso, a realidade é o “universo bibliográfico”.
Os objetivos do estudo que deu origem ao FRBR foram: (1) prover um quadro definido com clareza e estruturado para relacionar os dados que são registrados em registros de bibliográficos às necessidades dos usuários desses registros; e (2) recomendar um nível básico de funcionalidade para registros criados por agências bibliográficas nacionais.
Para o desenvolvimento do FRBR foi utilizada uma metodologia baseada na técnica de análise de entidades, ou, modelo Entidade-Relacionamento. Essa técnica, desenvolvida na Ciência da Computação, é utilizada para a construção de bancos de dados. Apesar disso, não era objetivo do estudo servir diretamente para a criação de bancos de dados bibliográficos (catálogos).
O FRBR define entidadesatributos relacionamentos do universo bibliográfico. “Entidade é aqui entendida como uma ‘coisa’ ou um ‘objeto’ no mundo real que pode ser identificada de forma unívoca em relação a todos os outros objetos. Uma entidade pode ser concreta ou abstrata. Por sua vez, atributos são as diversas características que um tipo de entidade possui, ou propriedades descritivas de cada membro de um conjunto de entidades. Um relacionamento ‘é uma associação entre uma ou várias entidades’.” (Chen, 1990 apudMoreno; Márdero Arellano, 2005, p. 26).
As 10 entidades definidas no FRBR estão divididas em 3 grupos.
Grupo 1 - entidades que são produto de trabalho intelectual ou artístico: obra (uma distinta criação artística ou intelectual), expressão (a realização artística ou intelectual de uma obra), manifestação (a materialização de uma expressão de uma obra) e item (um único exemplar de uma manifestação).
Grupo 2 – entidades responsáveis pelo conteúdo intelectual ou artístico, pela produção física e disseminação ou pela guarda das entidades do Grupo 1: pessoa (um indivíduo) e entidade coletiva (uma organização ou grupo de indivíduos e/ou organizações).
Grupo 3 - entidades que, juntamente com as entidades dos grupos 1 e 2, servem como “assunto” da entidade obra: conceito (uma noção abstrata ou ideia), objeto (uma coisa material), evento (uma ação ou ocorrência) e lugar (um local).
Alguns dos atributos definidos no FRBR são: título, forma e data da obra; forma, data e idioma da expressão; título, edição, local e data de publicação, publicador e suporte da manifestação; identificador e origem do item; nome, datas e títulos de uma pessoa; nome, locais e datas associadas a uma entidade coletiva; termos representando conceitos, objetos, eventos e lugares.
Os relacionamentos descritos no FRBR são de três tipos.
Relacionamentos entre as entidades do Grupo 1: uma obra é (pode ser) realizada por meio de várias expressões, uma expressão é materializada em várias manifestações e uma manifestação é exemplificada por vários itens (diagrama 1).
Relacionamentos entre as entidades dos Grupos 1 e 2: uma obra é criada por uma pessoa ou entidade coletiva, uma expressão é realizada por uma pessoa ou entidade coletiva, uma manifestação é produzida por uma pessoa ou entidade coletiva, e um item é guardado por uma pessoa ou entidade coletiva (diagrama 2).
Relacionamentos de assunto: uma obra pode ter como assunto outra obra, uma expressão, uma manifestação, um item, uma pessoa, uma entidade coletiva, um conceito, um objeto, um evento ou um lugar (diagrama 3).
Outros relacionamentos entre as entidades do Grupo 1 (alguns exemplos): uma obra é criada com base em outra obra, uma expressão é realizada por meio da tradução de outra expressão, um manifestação é uma reimpressão de outra manifestação, e um item é uma reprodução de outro item, etc.


Relacionamentos entre as entidades do Grupo 1 do FRBR
Diagrama 1: Relacionamentos entre as entidades do Grupo 1 do FRBR
Relacionamentos entre as entidades dos Grupos 1 e 2 do FRBR
Diagrama 2: Relacionamentos entre as entidades dos Grupos 1 e 2 do FRBR
Relacionamentos de assunto do FRBR
Diagrama 3: Relacionamentos de assunto no FRBR

Além das entidades, atributos e relacionamentos, o FRBR define também 4 tarefas dos usuário (ações realizadas pelo usuário durante a utilização de um catálogo ou de dados bibliográficos) e associam cada atributo e relacionamento com uma (ou mais) dessas tarefas. As tarefas são:
Encontrar entidades que correspondem ao critério de busca do usuário (localizar uma única entidade ou um grupo de entidades em um arquivo ou banco de dados como o resultado de uma busca usando um atributo ou relacionamento da entidade);
Identificar uma entidade (confirmar que a entidade descrita corresponde à entidade procurada ou distinguir entre duas ou mais entidades com características similares);
Selecionar uma entidade apropriada às necessidades do usuário (escolher uma entidade que satisfaça os requisitos do usuário com respeito ao conteúdo, forma física, etc., ou para rejeitar uma entidade por ser inapropriada às necessidades do usuário);
Adquirir ou obter acesso à entidade descrita (adquirir uma entidade por comprar, empréstimo, etc., ou acessar uma entidade eletronicamente por uma conexão online com um computador remoto).
Um exemplo! Como disse anteriormente, não dá para catalogarmos utilizando diretamente o FRBR, nem colocar um registro no “formato FRBR”. Mas podemos exemplificar quais seriam as entidades, os atributos e os relacionamentos presentes em um recurso informacional. Se os tópicos anteriores pareceram confusos, talvez um exemplo ajude um pouco na compreensão do FRBR. Vamos lá!
Tenho em mãos um exemplar impresso da 3ª edição do livro “O Hobbit”, do autor J. R. R. Tolkien, publicado no Brasil pela editora Martins Fontes em 2009.
obra é o conteúdo intelectual, a ideia de seu criador. Podemos nos referir à obra por meio do título pelo qual ela tornou-se mais conhecida ou foi primeiro publicada, por isso chamaremos essa obra de The Hobbit. Um obra é criada por alguém (pessoa ou entidade coletiva). Essa obra foi criada pela pessoa J. R. R. Tolkien.
expressão é a realização de uma obra, seja na forma textual, sonora, etc. A obra The Hobbit foi expressa em diversos idiomas além do inglês. Chamaremos a primeira expressão de The Hobbit - texto em inglês. Essa expressão foi realizada pela pessoa J. R. R. Tolkien, que também é o criador da obra. No recurso que tenho em mãos a obra está realizada como um texto em português, chamaremos essa expressão de The Hobbit – texto em português. Essa expressão foi realizada pelas pessoas Lenita Maria Rímoli Esteves e Almiro Pisetta por meio da tradução da expressão The Hobbit - texto em inglês.
Meu exemplar impresso é a 3ª edição, publicada pela editora Martins Fontes em 2009. Ou seja, a expressão The Hobbit – texto em português foi materializada em papel por meio de impressão em 2009 sob a responsabilidade da entidade coletiva Martins Fontes. Chamaremos essa manifestação de The Hobbit – texto em português – impresso, 3ª edição, Martins Fontes, 2009. A editora Martins Fontes é a entidade coletiva que produziu essa manifestação.
O exemplar que tenho em mãos possui o número de tombo 12.345 atribuído pela biblioteca. Esse número diferencia esse exemplar dos demais. Ou seja, o que tenho em mãos é um item, um único exemplar da manifestação The Hobbit – texto em português – impresso, 3ª edição, Martins Fontes, 2009. A biblioteca é a entidade coletivaresponsável pela guarda desse item.
A obra The Hobbit narra uma viagem de Bilbo Bolseiro. Podemos dizer que essa obra tem como assunto o conceito viagem, o objeto Anel do Poder, o evento Guerra dos Cinco Exércitos, o lugar Montanha Solitária e a pessoa Bilbo Bolseiro.
A obra The Hobbit serviu de base para uma animação produzida em 1977 sob a direção de Jules Bass e Arthur Rankin. Assim como para os filmes The Hobbit: An Unexpected Journey e The Hobbit: There and Back Again, a serem lançados em 2012 e 2013, respectivamente.
A expressão The Hobbit - texto em inglês serviu de base para diversas outras expressões em diversos idiomas.
A editora responsável pela publicação do O Hobbit no Brasil anunciou que, em razão do lançamento dos filmes, lançará uma edição com a capa do filme e uma edição em e-book. O conteúdo (texto em português traduzido pelas mesmas pessoas) será o mesmo, mudará apenas o suporte.
Podemos exemplificar essas entidades por meio de um diagrama, algo mais ou menos assim:
Relacionamentos-do-FRBR-exemplo-The-Hobbit
Penso que a principal dificuldade das pessoas em relação ao FRBR está na compreensão das entidades do Grupo 1 e na identificação dessas entidades em um recurso informacional. Após essa compreensão, pensar sobre a utilização do FRBR como um modelo para a construção de regras de catalogação, registros, padrões e/ou catálogos torna-se muito mais fácil.
Este texto teve por objetivo apenas apresentar o modelo conceitual FRBR, já que sempre o menciono aqui no blog, mas nunca parei para explicá-lo melhor. Se você deseja saber mais sobre o FRBR recomendo a leitura do O que é FRBR?, do próprio FRBR e de alguns artigos brasileiros sobre o tema.

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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

FONTES DE INFORMAÇÃO



Fontes de Informação

São os meios utilizados para equacionar problemas informacionais estabelecidos pelo esforço de converter as necessidades em resultados práticos através das diversas formas de conhecimento.

Fontes Primárias 
Novas Informações ou novas interpretações de idéias. Registros de Observações; Descrição.

“[...] são fatos vindos diretamente da fontes e não adulterados [...]. É uma informação que não pode ser mudada, alterada ou disfarçada por opiniões ou seleções” (BRASILIANO, 2005, p. 6-7);

Exemplos: 

Congressos e Conferências 
Legislação 
Nomes e Marcas Comercias
Normas Técnicas
Patentes
Periódicos
Projetos e Pesquisas em andamento
Relatório Técnicos
Teses e Dissertações
Traduções

Fontes Secundárias

“Contêm, informações sobre documentos primários e são arranjados segundo um plano definitivo; são, na verdade, os organizadores dos documentos primários e guiam o leitor para eles” (CUNHA, 2001, p. ix);

Exemplos:

Base de dados e Banco de Dados
Bibliografias e índices
Biografia 
Catálogos de Bibliotecas
Centros de Pesquisas e Laboratórios
Dicionários e Enciclopédias
Dicionários Bilíngües e Multilíngües 
Feiras e Exposições
Filmes e Vídeos
Fontes Históricas 
Livros
Manuais

Fontes Terciárias

Têm como função principal ajudar o leitor na pesquisa de fontes primárias e secundárias, sendo que, na maioria, não trazem nenhum conhecimento ou assunto como um todo, isto é, são sinalizadores de localização ou indicadores sobre os documentos primários ou secundários, além de informação factual [...] (CUNHA, 2001, p. ix).

Exemplos:

Bibliografia de bibliografia
Bibliografia e Centros de Informação
Diretórios
Financiamento e Fomento à pesquisa
Guias Bibliográficos
Revisões de Literatura


Foco sempre!

Fontes: 

BELLUZO, Célia Regina Baptista. Novas Condutas de Gestão em serviços de Informação. São Paulo: USP/SIBi, 2003.Disponível em: . Acesso em: 10 de outubro de 2006.

CUNHA, Murilo Bastos da. Para saber mais: fontes de informação em ciência e tecnologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2001.

LE COADIC, Yves. A ciência da Informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1996.